Delegada de Polícia, Gineterapeuta, Moon Mother, Oraculista, Erveira, Benzedeira.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

O que aprendi em 2017 para ter um 2018 maravilhoso?

Final de ano sempre tem texto clichê. Vivo correndo destes e, de repente, vi-me pensando exatamente no que eu teria para dizer sobre esta data de morte-renascimento, de comemorações, expectativas, reflexões, balancetes e construção de metas. Mais uma virada? O que teria para falar deste ano que está se findando? Quais planos eu teria para o novo ano? Então, me veio à memória uma frase que vejo frequentemente nas redes sociais atribuída a Einstein, que por sua vez, não deixou nada registrado que confirme a sua autoria: “insanidade é fazer a mesma coisa e esperar resultados diferentes.” Foi pensando nisso, diante de todas as dificuldades que enfrentei nesse ciclo, que resolvi, parafraseando Márcia Luz, prestar as minhas homenagens ao Senhor 2017, velhinho, que está dando os seus últimos suspiros de vida, honrando-o por tudo que ele representou na minha vida, e, reverencialmente, virar-me, de alma lavada, coração e braços abertos para a chegada da criança 2018, que receberei no novo ciclo. Vi que faço parte do todo, do inconsciente coletivo de fechamento de ano para balanço e planejamentos. E assim, eu me lembrei de cada momento vivido durante estes doze meses. Não foi fácil, pois o planeta regente de 2017 foi o todo-poderoso e temido Saturno.
Não bastasse o amedrontador Saturno, advinha quem foi o meu padrinho em 2017? Sim, ele mesmo: o velho sábio, O Eremita, de quem eu já corria há alguns anos, pois imaginava que librianos não conseguissem sobreviver só na companhia daquele que carrega consigo apenas a sua luz própria e o seu conhecimento interior. Mas foi esta carta do Tarot, de quem eu desviava o olhar quando ela me encarava cara a cara, que me ensinou erguer a cabeça e até cheguei a olhar no fundo de seus olhos cansados. Foi então, que O Eremita e o temido Saturno se aliaram para me ajudar na jornada evolutiva. Virei um saco de pancada. Para que o aprendizado fosse real, sólido, eu vivenciei a desestruturação da Torre. Não sobrou pedra sobre pedra. O que sobrou foi dor, choro, depressão, isolamento, afastamento dos filhos para que eu pudesse me recuperar da depressão e aprendesse a desfrutar da minha própria companhia e silenciar o meu barulho interno.
Foi no meio desse entulho todo, dessa escuridão, que o ermitão me apareceu, claudicante, carregando a sua lamparina e acendeu a chama do fogo que estava apagado em meu ser, aquecendo o meu coração que já estava a congelar. Assim que eu me aqueci, iluminei as minhas sombras, acolhi-as, fui acolhida pelos meus, de quem eu estava tão afastada por que a ferida não parava de doer, embora aparentasse estar curada, quando na verdade, ela criara apenas uma crosta que escondia sérias inflamações. Então, O Eremita segurou a minha mão e disse: “vamos, filha, eu vou iluminar o caminho para que você faça a sua jornada.” E eu me senti tão segura, amparada, determinada, acolhida. No entanto, a libriana, apesar de confiante, não sabia se impor, estabelecer limites, jogar no lixo o resto da torre que ruiu, não sabia também qual decisão tomar (eu já sei que é pleonasmo dizer isso para librianos!), muito menos o que fazer com os tijolos que talvez pudessem ser aproveitados.
Foi aí, no meio da caminhada, que eu fui apresentada a ele, o temível, o Senhor do Umbral, o carrancudo Saturno, que com um forte e formal aperto de mão se virou para mim e disse: “Senhora, essa é a sua chance de colocar ordem na casa, fazer a lição que já deveria ter sido feita há muito tempo, deixar de procrastinar aquilo que precisa ser olhado e resolver o que se tem para ser resolvido. Se a Senhora aceitar as minhas regras, estou aqui para ajudá-la.” Não preciso dizer a resposta, pois era a única alternativa que me tinha sobrado. Então, analisamos cada item do contrato (é por que com Saturno é assim, preto no branco), e segui a caminhada com a ajuda desses dois senhores. Fui iluminando cada cantinho do caos que habitava o meu ser, jogando no lixo aquilo que não tinha serventia, guardando numa caixa as boas recordações, negociando o que precisava ser negociado, dizendo não para o que precisava ser dito, aprendendo a me proteger, sendo mais consciente comigo e com os meus sonhos, estabelecendo metas atingíveis, agradecendo cada conquista e me abrindo para a vida com um escandaloso sim.
Na verdade Saturno nem era tão feio como lhe tinham pintado e ele me ensinou a limpar a casa, a colocar cada coisa no seu devido lugar, sem muita delicadeza ou sutilezas como queria a libriana; ensinou-me que a ferida iria se tornar sagrada e doer eternamente se eu não encontrasse forças para abri-la, higienizá-la, medicá-la, até que ela se cicatrizasse e eu não mais sentisse dor; ensinou-me que ser libriana é lindo, mas que satisfaz mais o meu ego de boa menina, uma vez que os librianos não querem desagradar ninguém; a notícia ruim nunca é dada por eles, que estão ali apenas para consolar e tentar amenizar seus efeitos nefastos; ensinou-me que do fundo do poço eu só poderia dar impulsos para escalar as paredes ou morrer isolada de sede e de fome e que a minha sobrevivência só dependia de mim. Saturno me ensinou ainda que eu sou capaz de superar os meus maiores e piores medos; que eu deveria chorar sim, mas que eu não demorasse muito na minha dor, pois ela poderia perder o seu sentido de ser. E, então, como num passe de mágica, a mágica se fez presente na minha vida: a alegria e a esperança, do verbo esperançar, como bem diz Mário Sergio Cortella, voltaram e me veio uma vontade danada de agradecer, um sentimento de gratidão sem precedentes para com os encontros e desencontros que tive com pessoas, planetas, arcanos e situações.
Agora, com a casa em ordem, o coração aquecido, os limites e metas pré-estabelecidos eu me despeço de 2017, com muita reverência e me abro para o fluxo do Universo em 2018, com a energia de Júpiter, o Senhor da Expansão, mas consciente de que eu não poderia me encontrar com ele sem antes ter aprendido a por o pé no freio, estabelecer limites e arrumar a casa, lição aprendida, decorada e salteada com os mestres O Eremita e Saturno. Tenho convicção de que será um ciclo de colheitas, de abundância em todos os planos da minha vida, não por que será um ano novo, nem por que o ano é regido por Júpiter, aquele que adora os banquetes fartos, mas por que antes de tudo eu me abri para o crescimento, eu aceitei o apoio e as regras estabelecidas e plantei o que quero colher em 2018.
É com essa energia que digo: 2018 será diferente para mim, pois eu me preparei de forma consciente para recebê-lo. Desejo que todos vocês também tenham aprendido com os tombos que levaram em 2017, espero que vocês tenham arrumado a casa, tenham estabelecido metas e que aguarda com muita sabedoria a colheita. Desejo também que vocês saibam o que fazer com o que colheu. E para os que ainda não tiveram o grande encontro, eu desejo que se abram para o aprendizado, talvez até mais fácil com a presença generosa de Júpiter. Feliz ano novo, feliz ciclo novo, feliz vida nova, feliz 2018. Positividades sempre. Beijos de luz. 


Texto e fotos: Ângela Santos, Libriana, com ascendente em Áries e Lua em Gêmeos, Delegada de Polícia, gineterapeuta, Moon Mother, terapeuta de Barra de Access, Oraculista, Benzedeira, Erveira, mãe de três filhos.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

QUAL O PREÇO QUE SE PAGA POR PENSAR FORA DA CAIXINHA



Qual o preço que se paga por não aceitar entrar na caixinha que se é imposta pela sociedade machista e patriarcal?
Desde criança, escutei:
"menina tem que sentar de pernas fechadas, ser comportada, falar pouco." 
Eu cresci e continuei escutando: "Ângela, você ri alto demais, gesticula demais ao falar! Ângela, não pode ficar sem roupas! Ângela, você é expansiva demais, os homens vão interpretar tudo errado, vão achar que você está com segundas intenções! Ângela, você é muito sensual! Ângela, você não precisa demonstrar-se tão inteligente para os seus parceiros, eles podem se sentir inferiorizados! Ângela, você é muito questionadora! Ângela, você age como homem! (Essa é a melhor de todas!!!!) Ângela, você dá liberdade demais para os seus filhos! Ângela, você já se casou duas vezes?"
 E a Ângela aperta a tecla gigantesca do “foda-se”. E a Ângela só quer ser ela, só quer ser feliz!
O preço que se paga?
Rótulos, rótulos e rótulos!
_ “Ah, a Ângela?! Liga não, ela é doida mesmo!” Ou:
_ “A Ângela é doida demais!"
A Ângela não está nem aí para segundas, terceiras ou milésimas intenções. Ela quer expandir as positividades e a luz que ela tem dentro dela com abraços, beijos e toques! Ah, ela adora tocar as pessoas também!
Se o parceiro dela vai se sentir inferiorizado com sua inteligência, que estude mais. Ela só quer expressar seus argumentos com bases lógicas!
Ela é sensual por que ela se ama e primeiramente ela se exibe para ela mesma! Ela se acha linda na sua forma imperfeita de Ser com seu corpo cheio de curvas, seus seios fartos, sua barriga flácida e acolhedora!
Seus filhos? Ah, os seus filhos são pedaços aperfeiçoados dela por que ela os ensinou a ter opinião própria e ter voz no mundo!
Ela se casou duas vezes e ainda se casará quantas vezes se sentir apaixonada, pois ela é fiel à sua intensidade, à paixão que ela sente pela vida e pelas pessoas!
Ela quer um parceiro que a compreenda, que a respeite na sua inteireza de ser. Ela quer um parceiro que seja intenso, não seja preso a padrões, a medos, que se encante com a moleca que ela é, ao mesmo tempo em que se admire da profissional competente que ela também o é! Ela quer ser parceira, quer partilhar, quer trocar!
Ela não age como homem! Ela age com personalidade, expressão de suas vontades.
Ah, mas quer saber?
São esses rótulos que formam o  seu Jeito Ângela de Ser.
Ela nasceu assim
Ela é mesmo assim
Ela só não é Gabriela  por que ela está disposta a não ser sempre assim, preferindo ser uma metamorfose ambulante.
Ela é Ângela, com o seu Jeito Ângela de Ser ela mesma: menina, moleca, mulher, profissional, mãe, amiga, filha, namorada, esposa, ou também de não ser nada disso, se ela assim o quiser.

Ângela Santos é libriana, com lua em Gêmeos e Ascendente em Áries. Delegada de Polícia no Distrito Federal há 19 anos, Gineterapeuta, Moon Mother, Terapeuta em Barra de Access, Benzedeira, Erveira, Cartomante, facilitadora de Círculo de Mulheres na empresa Clã Filhas do Vento, Mãe de três filhos.


SOBRE O JEITO ÂNGELA DE SER




Desde criança sempre fui empática com os relacionamentos, exercendo essa empatia com muita leveza, alegria e descontração. Levei isso para a faculdade, a fila dos bancos, o salão de cabeleireiros, o meu local de trabalho, os bancos de ônibus, avião e por todo lugar por onde passava. Como estava sempre a olhar o melhor ângulo de uma questão, inclusive para mim mesma, amando-me com todas as minhas imperfeições, as pessoas começaram a me perguntar o que é que eu tinha que lhes transmitia tanta coisa legal numa simples conversa, uma vez que eu buscava fazer com que as pessoas se olhassem e se vissem com o que de melhor existia dentro delas. E eu não sabia qual era a resposta. Essa energia de ver o melhor em tudo e em todos, de levar o melhor de mim para as pessoas era algo natural que existia em mim. Daí, sem pensar muito, como é de se esperar de uma libriana com ascendente em Áries e lua em Gêmeos, comecei a dizer: "ah, é o meu Jeito Ângela de Ser!" Então, essa resposta foi se tornando natural e frequente. Daí, resolvi criar este blog para falar sobre o que penso, sobre as técnicas terapêuticas que aprendi ao longo da minha caminhada, como as minhas formações em Gineterapia, Moon Mother, Barra de Access, sobre a minha relação com Violência Doméstica na minha vivência profissional como Delegada de Polícia, a minha visão poética, holística e mística do mundo, os temas dos quais sou ativista, como Intolerância Sexual, Racial e Religiosa e sobre o Naturismo. E o nome desse blog não poderia ser outro senão o JEITO ÂNGELA DE SER e é aqui, onde eu me permito e sou eu mesma por inteira, onde deixo fluir o meu jeito de ser. Quer conhecer um pouco mais desse meu jeito de ser? Pode entrar, a casa é sua, puxa a cadeira e então teremos alguns dedos de prosa. Positividades sempre. Beijo de luz no coração.

#jeitoangeladeser


Ângela Maria dos Santos é libriana, com ascendente em Áries e lua em Gêmeos, Delegada de Polícia do Distrito Federal há 19 anos, Gineterapeuta, Moon Mother, Terpeuta de Barra de Access, Benzedeira, Erveira, Cartomante e Mãe de três filhos.