O coletor menstrual é um copinho feito de silicone, que é introduzido na vagina e deve ser trocado assim que estiver cheio, daí é só retirar, descartar ou guardar o sangue (para devolver à Mãe Terra, utilizar como fertilizantes para plantas ou até mesmo como tinta para pinturas), lavar com sabão, reinserir e, no final do ciclo, lavá-lo com sabão, fervê-lo, guardá-lo no saquinho apropriado e carregá-lo, de preferência, na bolsa (para não ser pega de surpresa quando da próxima menstruação).
Com o uso coletor, deixamos de poluir o meio ambiente e retiramos as toxinas deixadas pelos absorventes no nosso corpo, como por exemplo, a dioxina que dá o clareamento dos absorvente e é extremamente danosa para o nosso organismo bem como o amianto que "suga" o sangue, fazendo com que sangremos mais e por mais tempo, pois o nosso útero fica "viciado" nessa substância, que também faz muito mal para o nosso corpo. Além do mais,com o uso do absorvente, o nosso útero fica sem respirar enquanto estamos menstruadas. Com os absorvente internos, descartáveis, além das toxinas, corremos ainda o seriíssimo risco de ter a temida Síndrome do Choque Tóxico, pois o ar entra em contato com o sangue, trazendo as bactérias e as infecções. Isso não acontece com o coletor menstrual, uma vez que ele se encaixa de tal forma, criando vácuo, o que impede o sangue de ter contato com o ar e assim proliferar as bactérias com consequente infecção. Desta forma, quando retiramos o coletor, veremos que nosso sangue não tem cheiro ruim, pois este só ocorre como resultado das bactérias produzidas nesse processo do contato do sangue com o ar.
Além do mais, com o uso do coletor, passamos a conhecer melhor o nosso corpo e nos reconhecer como mulheres cíclicas que somos, identificar cada fase do nosso ciclo com todas as alterações hormonais inerentes ao ciclo menstrual. Com autoconhecimento, desconstruímos as crenças de que nosso sangue é fedido, sujo, nojento e nos tornamos empoderadas de nós mesmas.
Eu guardo o meu sangue e o devolvo à Terra, alimentando as minhas plantinhas, já que é um poderosíssimo fertilizante, e também já o utilizei como matéria prima para pintar o meu tambor, em ato de respeito à Mãe Natureza, a Grande Mãe. E desde então, o meu tambor passou a ser não apenas a extensão do meu coração, mas também do meu útero e ambos tocam em sintonia.
Texto: Ângela Santos é libriana, com lua em Gêmeos e Ascendente em Áries. Mãe da Lorena, do Luís e do Emanuel, as melhores versões de mim em parcerias. Gineterapeuta, Moon Mother, Terapeuta em Barra de Access, Benzedeira, Erveira, Cartomante, Facilitadora e Focalizadora de Círculo de Mulheres na empresa Clã Filhas do Vento, Delegada de Polícia Civil no Distrito Federal desde 1999, Especialista em Violência contra a Mulher.
Foto: Google Imagens
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